FAZER CHOVER
Se sei fazer chover me perguntas.
Claro que sim te respondo.
Mas como? indagam teus olhos brilhando.
É simples meu amor, te esclareço sorrindo.
Recolhe um pouco do orvalho das manhãs de maio,
Junta umas gotas prateadas de plenilúnio,
Colhe mancheias de gravetos de pinho marítimo e
Fogueira perfumada com eles farás.
Num tacho de cobre, abafada por um véu de seda,
Cozerás a mistura reservada do rocio com luar de junho,
Durante um longo tempo em fogo brando.
Quando assim te ditar tua alma e falar teu coração,
Destaparás uma ponta do véu, com cuidado para que
De um supetão não se evapore tudo.
Deixarás escapar uma gota de cada vez, bem lentamente,
Para que se forme uma nuvem tênue que ascenderá à palha do teto,
E de lá se precipitará em gotículas que brilharão em tua fronte.
Terás chovido então. Orvalho e luar em teus cabelos, escorrendo,
Mansamente, pelo vale branco entre teus seios.
Se sei fazer chover me perguntas.
Claro que sim te respondo.
Mas como? indagam teus olhos brilhando.
É simples meu amor, te esclareço sorrindo.
Recolhe um pouco do orvalho das manhãs de maio,
Junta umas gotas prateadas de plenilúnio,
Colhe mancheias de gravetos de pinho marítimo e
Fogueira perfumada com eles farás.
Num tacho de cobre, abafada por um véu de seda,
Cozerás a mistura reservada do rocio com luar de junho,
Durante um longo tempo em fogo brando.
Quando assim te ditar tua alma e falar teu coração,
Destaparás uma ponta do véu, com cuidado para que
De um supetão não se evapore tudo.
Deixarás escapar uma gota de cada vez, bem lentamente,
Para que se forme uma nuvem tênue que ascenderá à palha do teto,
E de lá se precipitará em gotículas que brilharão em tua fronte.
Terás chovido então. Orvalho e luar em teus cabelos, escorrendo,
Mansamente, pelo vale branco entre teus seios.